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            Nem sempre valorizado, o tempo é o bem de maior valor em nossas vidas, tanto pessoal quanto profissional. Quem desperdiça o tempo é um estúpido e vale o mesmo nas empresas, pois “tempo é dinheiro”.


            A vida terrena é limitada pelo tempo, nem sempre empregado de maneira adequada para atingir os objetivos traçados.  Empresas que não se utilizam do controle do tempo tendem a ter maiores dificuldades para compreender o custeio dos seus produtos e mais ainda quando se trata da prestação de serviços.
 
            Para compreender a importância do tempo em nossas vidas observem a informação divulgada pelo IBGE: em novembro de 2016, a expectativa de vida do brasileiro era de 75,8 anos. Em 1940, essa mesma variável apontava para 45,5 anos. Ou seja, em 76 anos a ciência conseguiu aumentar a expectativa de vida em mais de 30 anos. Isso é fabuloso, pois agora temos mais tempo, mas é preciso saber aplicá-lo adequadamente.
 
            Transformemos esse tempo que Deus nos disponibiliza em horas profissionais. O trabalhador que inicia a vida profissional aos 16 anos e vai até aos 70 dedica 10 horas diárias durante seis dias da semana. Descansando 30 dias anuais nas merecidas férias, trabalhará aproximadamente 160 mil horas. Aqueles que se aposentam com 35 anos de trabalho depois de dedicar 44 horas por semana ao trabalho, considerando algumas faltas por diversos motivos, terão trabalhado 67 mil horas em suas vidas.
 
            O empresário contábil talvez esteja na categoria que consome 160 mil horas da sua vida com o trabalho, tempo que não é tão longo para uma vida inteira. Com essa simples conta dá para perceber claramente que o TEMPO é finito e tudo o que fazemos depende dele. Será que estou aproveitando esse recurso finito de forma eficiente? E o empresário, tem consciência da importância do tempo na empresa?
 
            Ainda com informações publicadas pelo Sebrae, em 2015 foram constituídas 708,6 mil empresas, saldo negativo de 5 mil, pois foram encerradas 713,6 mil (https://g1.globo.com/economia/noticia/por-dois-anos-seguidos-brasil-fecha-mais-empresas-do-que-abre-aponta-ibge.ghtml). “Apenas 37,8% das empresas ativas em 2015 tinham mais de 5 anos”...“a idade média das empresas ativas em 2015 era de 10,9 anos”. Com estas informações dá para perceber o quanto de tempo e dinheiro são desperdiçados? A falta de controle do tempo nas empresas deve ser um dos ingredientes causadores do descontrole que impossibilita executar todas as tarefas necessárias e exigidas pelos clientes.
 
            Segundo a legislação trabalhista do Brasil, um colaborador trabalha, em média, 220 horas mensais, mas é só deduzir o descanso semanal remunerado para verificar que esse número não passa de 190. Continue a conta e deduza férias, feriados, faltas abonadas, treinamentos, reuniões, lanches etc. para constatar que o colaborador não trabalha mais que 150 horas por mês. Se o tempo é tão importante, por qual motivo um empresário deixa de fazer esse acompanhamento?
 
            “A falta de tempo é a desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos”, disse Albert Einstein.
 
            O TEMPO é um assunto importantíssimo na vida do ser humano, pois é breve para justificar nossa presença, deixar o nome registrado na história do mundo ou, ao menos, para a família orgulhar-se dos pais que tiveram. Nas empresas ocorre o mesmo e para que sejam ícones da longevidade é preciso respeitar e valorizar adequadamente o tempo.
 
            Desde o ano de 2010 tenho dedicado muito tempo para melhor medi-lo. Os frutos deste árduo estudo que contou com o auxílio de diversos amigos e profissionais da Comissão de Precificação dos Serviços Contábeis (Copsec) do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas Sescap/PR) resultou nos livros “Honorários Contábeis” e “Como Ganhar Dinheiro na Prestação de Serviços”, além do software CTpres, que contribui para facilitar a medição do tempo. Todos podem ser encontrados no blog www.gilmarduarte.com.br

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